Porta de entrada do Nordeste brasileiro, Recife, além de belas paisagens – com pontes e rios cortando toda a cidade, atrai milhares de turistas todos os anos. Rica em manifestações culturais e folclóricas, suas raízes estão sempre traduzidas em sua essência artística e preservadas como importante patrimônio.

Em grandes eventos como seu famoso Carnaval, o som do frevo arrasta multidões embalando o desfile de blocos e troças, que se misturam a outros ritmos como maracatu, caboclinho, forró, ciranda, coco de roda e até mesmo música eletrônica. O São João é outro evento com inúmeras atrações nos principais polos dos festejos juninos… Mas não só de festa vive Recife.

Com mais de 1,5 milhão de habitantes, a região metropolitana da capital pernambucana tem um aglomerado econômico de grande densidade e liderança regional, abrigando as principais indústrias do Estado e consolidando-se como um moderno polo de serviços. Recife é considerado o primeiro polo gastronômico do Nordeste, o segundo polo médico do Brasil, além de abrigar o maior parque tecnológico do País, conhecido como Porto Digital.

Recife é tudo isso.

E é também poesia:

Evocação do Recife (fragmento)

Recife
Não a Veneza americana
Não a Mauritsstad dos armadores das Índias Ocidentais
Não o Recife dos Mascates
Nem mesmo o Recife que aprendi a amar depois
– Recife das revoluções libertárias
Mas o Recife sem história nem literatura
Recife sem mais nada
Recife da minha infância

(…)

Recife…
Rua da União…
A casa de meu avô…
Nunca pensei que ela acabasse!
Tudo lá parecia impregnado de eternidade
Recife…
Meu avô morto.
Recife morto, Recife bom, Recife brasileiro
como a casa de meu avô.
(Manuel Bandeira, In: Libertinagem)


(…)Recife romântico dos crepúsculos das pontes.
Dos longos crepúsculos que assistiram à passagemdos fidalgos holandeses.
Que assistem agora ao mar, inerte das ruas tumultuosas,
Que assistirão mais tarde à passagem de aviões para as costas do Pacífico.
Recife romântico dos crepúsculos das pontes.
E da beleza católica do rio.
(Joaquim Cardozo, In: Obra Completa)


“No ponto onde o mar se extingue
E as areias se levantam
Cavaram seus alicerces
Na surda sombra da terra
E levantaram seus muros
Do frio sono das pedras.
Depois armaram seus flancos:
Trinta bandeiras azuis plantadas no litoral.
Hoje, serena flutua, metade roubada ao mar,
Metade à imaginação,
Pois é do sonho dos homens
Que uma cidade se inventa.”
(Carlos Pena Filho, In: Guia Prático da Cidade do Recife – O Início )


“Amar cidades, só – Recife,
E assim mesmo com as suas pontes
E os seus rios que cantam.
E seus jardins leves como sonâmbulos
E suas esquinas que desdobram o sonho de Nassau”.
Mulheres, inúmeras. Cidade, só uma Recife.”
(Ledo Ivo, In: Poesias Escolhidas)

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